terça-feira, 25 de setembro de 2007

Um Brasil sem justiças.


É, a pouco tempo presenciamos mais uma incompetência do governo de nosso país. Mais um político corrupto e sem escrúpulos foi inocentado e absolvido.


Fiz na semana passada um trabalho na escola envolvendo discursos de pessoas parecidas com ele, é... ele: Renan Calheiros, fácil de ser desconstruído, ou seja, desmascarado. E vejam só o que encontrei agora... é típico... um verdadeiro "Cara-de-pau".


Brasília, 17/09/2007


"Minha absolvição pelo plenário do Senado é uma vitória da democracia brasileira. Uma vitória de todos os que continuam acreditando na verdade e no sentido de justiça; uma vitória do Senado, que comprovou, através do voto, sua isenção e responsabilidade. Não foi fácil suportar três meses e meio de calúnias, de mentiras. Longos três meses e meio de agonia, em que por tantas vezes tive de abrir mão da convivência com minha família e meus amigos, ocupado em desfazer intrigas e exercer o primeiro de todos os direitos democráticos: o direito de defesa. Mas a inocência é uma força poderosa. Foi a certeza dessa inocência que me deu a tranqüilidade de continuar na Presidência do Senado. Um cargo do qual sempre tive o maior orgulho e que procuro honrar com uma postura marcada pelo respeito, pelo equilíbrio e pelo diálogo.É esse mesmo sentimento de diálogo e responsabilidade que continuará pautando minhas relações pessoais e políticas no Senado Federal. Apesar de eventuais injustiças e excessos inerentes ao processo democrático, não guardo mágoas, nem ressentimentos. Em momento algum, vi abalada minha confiança na democracia e na solidez de suas instituições.Foi com muita luta que os brasileiros conquistaram a mais ampla liberdade de expressão e liberdade política, as garantias individuais e a maturidade de nossas instituições democráticas. E não há a menor chance de abrir mão dessas conquistas.É nosso dever, portanto, colocar o interesse nacional acima de divergências partidárias ou paixões políticas. A busca de entendimento não significa renúncia aos próprios princípios. Debate de idéias está longe de ser sinônimo de confronto. O que não podemos perder de vista é nosso compromisso com o país, com a sociedade. A disputa pelo poder faz parte do jogo partidário, mas, oposição ou governo, nosso foco tem de ser, necessariamente, o desenvolvimento econômico, a redução das desigualdades regionais e sociais. E é impossível construir um país menos desigual e mais justo sem diálogo e respeito político.Cabe ao Senado, agora, costurar uma agenda legislativa que de fato interesse à população. Aprovamos, neste ano, quase 700 matérias. Votamos projetos da maior importância no combate à violência e ao crime organizado; regulamentamos o Fundeb, aprovamos punições mais rigorosas para o trabalho infantil, a universalização do atendimento médico e da inclusão digital de estudantes da escola pública. Regulamentamos as Zonas de Processamento de Exportação, ampliamos a Lei das Micro e Pequenas Empresas e demos a arrancada na votação de projetos que vão acelerar o desenvolvimento econômico. Isso para ficar em alguns poucos exemplos. Vamos continuar trabalhando e honrando o voto que recebemos. O conflito de idéias, as divergências partidárias continuarão enriquecendo, sim, nosso debate. Mas o respeito pessoal, o amor à verdade e o interesse público terão sempre a última palavra no Senado Federal."


Céus, onde vai parar a indecência do mundo?




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